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Oslo, August 31st, de Joachim Trier
31 Sexta-feira Ago 2012
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28 Terça-feira Ago 2012
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A FAMÍLIA
Vamos à pesca
disse o pai
para os três filhos
vamos à pesca do esturjão
nada melhor do que pescar
para conservar
a união familiar
a mãe deu-lhe razão
e preparou
sem mais detença
um bom farnel
sopa de couves com feijão
para ir também
à pescaria do esturjão
e a mãe e o pai
e os três filhos
foram à pesca
do esturjão
todos atentos
satisfeitíssimos
que bom pescar
o esturjão!
que bom comer
o belo farnel
sopa de couves com feijão!
e foi então
que apanharam
um magnífico esturjão
que logo quiseram
ali fritar
mas enganaram-se na fritada
e zás fritaram o velho pai
apetitoso
muito melhor
mais saboroso
do que o esturjão
vamos para casa
disse o esturjão.
27 Segunda-feira Ago 2012
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Fórmula para conhecer as Almas de Hermópolis, por N.
A pluma foi introduzida no ombro, a coroa vermelha brilhava em Mentjat, o leucoma (do olho) foi causado por aquele que o procurava; eu sou iniciado, aqui em cima, e eu conheço aquele que a conduziu de Cusar, (mas) eu não o disse aos homens, eu não o repeti aos deuses.
Eu vim com uma mensagem de Ré para colocar no lugar a pluma, no ombro, para que a coroa vermelha brilhe em Mentjat, e para destinar o olho àquele que o avalia. Eu vim como força por causa do (meu) conhecimento das Almas de Hermópolis, vós que amais aquele que sabe, amai-(me)! Eu sei que a pluma desabrochou, que se entristeceu, que se arrolou; eu alegro-me com o cálculo do que há a calcular.
Salve ó vós, Almas de Hermópolis! Eu sei aquilo que é pequeno no princípio do mês aquilo que é grande no 15º dia do mês. Ré tem conhecimento do mistério da noite, que vós conheceis; este Tot reconheceu-me, cimento do mistério da noite, que vós conheceis; este Tot reconheceu-me.
Salve ó vós, Almas de Hermópolis, estando assente que eu vos conheço, cada dia. (pp. 147, 148)
Assírio & Alvim, 1991
25 Sábado Ago 2012
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ODE À INCOMPREENSÃO
De todas estas palavras não ficará, bem sei,
um eco para depois da morte
que as disse vagarosamente pela minha boca.
Tudo quanto sonhei, quanto pensei, sofri,
ou nem sonhei ou nem pensei
ou apenas sofri de não ter sofrido tanto
como aterradamente esperara –
nenhum eco haverá de outras canções
não ditas, guardadas nos corações
alheios, ecoando abscônditas ao sopro do poeta.
Não por mim. Por mim tudo o que, para ecoar-se,
não encontrou eco. Por tudo o que,
para ecoar ficou silencioso, imóvel –
– isso me dói como de ausência a música
não tocada, não ouvida, o ritmo suspenso,
eminente, destinado, isso me dói
dolorosamente, amargamente, na distância
do saber tão claro, da visão tão lúcida,
que para tão longe afasta o compassado ardor
das vibrações do sangue pelos corpos próximos.
(…)
Tão longe, meu amor, tão longe
quem de tão longe alguma vez regressa?!
(…)
25 Sábado Ago 2012
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discurso ao príncipe de epaminondas
mancebo de grande futuro
Despe-te de verdades
das grandes primeiro que das pequenas
das tuas antes que de quaisquer outras
abre uma cova e enterra-as
a teu lado
primeiro as que te impuseram eras ainda imbele
e não possuías mácula senão a de um nome estranho
depois as que crescendo penosamente vestiste
a verdade do pão a verdade das lágrimas
pois não és flor nem luto nem acalanto nem estrela
depois as que ganhaste com o teu sémen
onde a manhã ergue um espelho vazio
e uma criança chora entre nuvens e abismos
depois as que hão-de pôr em cima do teu retrato
quando lhes forneceres a grande recordação
que todos esperam tanto porque a esperam de ti
Nada depois, só tu e o teu silêncio
e veias de coral rasgando-nos os pulsos
Então, meu senhor, poderemos passar
pela planície nua
o teu corpo com nuvens pelos ombros
as minhas mãos cheias de barbas brancas
Aí não haverá demora nem abrigo nem chegada
mas um quadro de fogo sobre as nossas cabeças
e uma estrada de pedra até ao fim das luzes
e um silêncio de morte à nossa passagem
24 Sexta-feira Ago 2012
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